segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Repetência Escolar

Repetência escolar: Um grande fracasso nacional


Autor: Carlos Henrique Araújo

Em 2006, segundo o MEC, mais de 20% dos estudantes até a 4ª série apresentavam pelo menos dois anos de atraso escolar, mais de 35% dos alunos de 5ª a 8ª série estavam na mesma situação e quase 50% dos matriculados no ensino médio apresentavam pelo menos dois anos de atraso. A regularização do fluxo educacional é fundamental para combater o desperdício de recursos com a repetência e com a falta de aprendizado no País. Sem um combate efetivo da reprovação e do abandono, pode-se perdurar o quadro de debilidade da educação básica no Brasil.


O problema é que se reprova o aluno e ele volta à mesma classe, sem nenhum tipo de trabalho pedagógico auxiliar para fazer com que ele tenha chances de avançar. Novamente, ele é reprovado e acaba por evadir da escola. São estudantes que não completam o ensino básico e acabam por engrossar as estatísticas de analfabetismo absoluto e funcional. Neste processo perverso a auto-estima dos estudantes é fulminada. Chegamos, recentemente, a sete anos de estudo em média da população adulta: nos países da OCDE este número é de 12 anos.


Além disso, o fluxo não regularizado causa uma inflação de matrículas nas séries iniciais, o que pode ser visto facilmente pelas taxas brutas de matrícula. É condição sine qua non melhorar a qualidade da educação como a única forma de regularizar o fluxo educacional. Segundo relatório da Unesco de 2007, o Brasil tem a mais alta taxa de repetência no ensino fundamental da América Latina e uma das maiores do mundo.


Alguns propõem a promoção automática, ou seja, passar de ano os alunos mesmo que não tenham condições de desempenho mínimo. São soluções que perpetuam o analfabetismo escolar e apenas dão a impressão de combate à repetência. Sem a melhoria da qualidade do aprendizado, os estudantes não verão sentido em permanecer nas escolas.


Um dos problemas é que se culpa exclusivamente o aluno pelo fracasso. É evidente que o fracasso está na escola, que deveria ser a instituição a promover o estudante e seu desempenho. Não faz sentido uma escola que não promova o sucesso cognitivo de seus estudantes. A principal função de uma instituição educacional é a de promover os seus alunos, fazer com que eles possam vencer com aprendizado efetivo do conteúdo curricular programado.


É justamente por causa da importância da escola em qualquer sistema de ensino que ela deve ser o lócus privilegiado para o alcance de uma expansão da educação básica com equidade e qualidade efetiva. Para tanto, a administração escolar deve ser prioritária dentro da gestão do setor de educação. A escola precisa ser monitorada, avaliada, incentivada pelos resultados, ter autonomia e aplicar uma gestão voltada ao sucesso do aluno. Precisa ter uma direção escolar eficiente e que tenha o processo pedagógico como o norte para o desenvolvimento dos trabalhos cotidianos.  


A gestão eficiente da educação, incluindo desde a administração superior até a da escola propriamente dita, é fundamental para que se processe um aprendizado adequado por parte dos alunos. Pode-se, então, afirmar que o objetivo central de toda a gestão educacional deve ser o de promover os alunos com ganhos sucessivos de conhecimento e autonomia. 


A escola bem gerida, orientada por avaliação educacional, com um bom clima e próxima das famílias de seus estudantes, certamente pode transformar os indicadores macro-educacionais de forma robusta, pois é nesta instituição onde se dá o aprendizado. Por enquanto, o pior resultado do sistema educacional é a existência de 55% dos estudantes brasileiros de quinze anos com um desempenho classificado, no teste internacional do PISA de 2006, como de nível zero e um. São estudantes que apresentaram habilidades muito básicas de leitura e um percentual substancial de analfabetos funcionais, que, certamente, evadirão do sistema educacional ou terão profundas deficiências escolares no futuro, mesmo que passem de ano sem saber ler com competência.


 


[1] Mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-Diretor de Avaliação da Educação Básica INEP\MEC. chfach@gmail.com

/educacao-artigos/repetencia-escolar-um-grande-fracasso-nacional-2525013.html


Perfil do Autor

Mestre em Sociologia, consultor, ex-diretor do Inep/MEC.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lenda do Papai Noel - São Nicolau

Papai Noel é uma lenda inspirada na história de São Nicolau.Ele era um bondoso homem que viveu numa região onde hoje se encontra a Turquia. Ele ficou conhecido por sua bondade, e generosidade. Nicolau se preocupava com os seus semelhantes, procurava ajudar a todos, sobretudo ao pobres. Na época de Natal, Nicolau arrecadava doações, comidas, brinquedos para distribuir entre os mais necessitados.Ao ingressar na vida religiosa doou seus bens para os necessitados. Essa história de São Nicolau, tornou-se conhecida e acabou sendo misturada com uma lenda da Escandinávia, na qual um mago bondoso que vivia na floresta, na época de Natal presenteava as crianças comportadas. Tal personagem passou a ser representado por um bondoso velhinho, com grandes barbas brancas e olhar carinhoso que distribuía presentes nas noites de Natal.Com o passar do tempo essa lenda ganhou o mundo e passou a fazer parte principalmente do imaginário infantil. Nos anos 30, a figura do Papai Noel, tornou-se popular mundialmente, com as mesmas características que encontramos hoje em dia: as famosas roupas vermelhas. Isso ocorreu devido a uma campanha publicitária encomendada pela Coca-Cola para a época do Natal, as roupas vermelhas são as mesmas da marca. A campanha obteve um êxito tão grande que desde então a figura do papai Noel passou a ser representada com as roupas vermelhas. É importante não perdemos o verdadeiro sentido do Natal: é uma festa de amor, do amor! Do nascimento de Jesus Cristo, renovação da nossa fé em Deus. Com isso aprendemos entre muitas lições que é maravilhoso ganhar presentes, mas não há sentimento melhor do que presentear, semear alegria nos corações dos outros, esperança de dias melhores, compartilhar. Cada um de nós podemos ser um pouco “Papai Noel”. Cristo nasceu e semeou amor e bons sentimentos por onde passou, deu sua vida por nós. Tudo isso pode nos levar a pensar realmente onde está a verdadeira magia do Natal.

Como dizer Feliz Natal em outras partes do mundo:
•Argentina -Felices Pasquas
•Brasil – Feliz natal, Boas Festas
•Bulgária - Tchestita Koleda;
•Coréia - Sung Tan Chuk Ha
•Croácia - Sretan Bozic i Nova Godina
•Dinamarca - Glædelig Jul
•Espanha - Feliz Navidad
•França - Joyeux Noel
•Alemanha - Froehliche Weihnachten
•Grécia - Kala Christouyenna
•Indonésia - Selamat Hari Natal
•Inglaterra - Merry Christmas
•Iugoslávia - Cestitamo Bozic
•Iraque - Idah Saidan Wa Sanah Jadidah
•Itália - Buone Feste Natalizie
•Japão - Shinnen omedeto. Kurisumasu Omedeto
•Noruega - God Jul
•Polônia - Wesolych Swiat Bozego Narodzenia
•Romênia - Sarbatori Fericite
•Rússia - Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom
•Suécia - God Jul and (Och) Ett Gott Nytt År
•Vietnan - Chung Mung Giang Sinh































quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Parecer descritivo 1 ano.

Modelos de pareceres para o 3 trimestre e o 2 trimestre respectivamente.
Primeiro Ano do ensino fundamental.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Cuidados com os balões de São João

O vilão das festas juninas
Nem toda festa junina acaba como começa, em festa. Fogos de artifício utilizados de forma imprudente causam acidentes graves como queimaduras e mutilações, segundo relatos do corpo de bombeiros. O número de ocorrências do tipo chega a aumentar 20% nessa época do ano. É inevitável o fascínio pelo visual do espetáculo produzido pelos fogos, bem como a excitação sonora no momento das explosões. Por isso, a informação e a precaução no manuseio desse perigoso brinquedo é o melhor caminho para evitar acidentes. Na escola, os alunos podem realizar um projeto de pesquisa sobre o tema, buscando as origens dessa manifestação e realizando uma campanha de conscientização entre os alunos, que pode se espalhar pelo bairro. Quais são as medidas de segurança? Como se verifica a confiabilidade dos produtos comercializados? Que normas de segurança devem ser cumpridas pelos comerciantes? Em História e em Ciências é possível pedir aos alunos que procurem respostas para algumas questões realcionadas ao tema: Os fogos sempre estiveram associados à diversão? Quem inventou a pólvora? Por quê a pólvora tem poder explosivo? Qual a diferença entre pólvora e dinamite?

Curiosidade

Quem pensa que festa junina recebe esse nome apenas porque acontece no mês de junho sabe apenas metade da história. A comemoração, como hoje conhecemos, se originou nos países católicos da Europa no século IV e era conhecida como festa joanina, em louvor a São João Batista. A celebração de caráter religioso, em que estão incluídos também São Pedro e Santo Antônio, é resquício da festa da colheita pagã. A fogueira, erguida para reverenciar a fertilidade da terra, ganhou o poder de espantar as pragas agrícolas na simbologia católica. Os balões, que colorem os céus em noite de arraial, também têm cunho religioso.
"Eles eram soltos para enviar pedidos aos santos", explica o historiador Flávio Trovão.
Oração a São João Batista
São João Batista, voz que clama no deserto: “Endireitai os caminhos do Senhor...fazei penitência, porque nomeio de Vós está quem não conheceis, e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias”, ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas, para que eu me torne digno do perdão Daquele que Vós anunciastes com estas palavras: “ Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquele que tira os peca do mundo”. São João, pregador da penitência, rogai por nós. São João, precursor Messias, rogai por nós. São João, alegria do povo, rogai por nós.
São João Batista nasceu em Junho, precisamente no dia 24 de Junho. Em um cenário tão controverso, surge um homem simples, amigo do deserto, e com uma importantíssima missão: preparar o caminho para a chegada do Messias.
Diz a história bíblica, que na antiga Judéia,as primas Isabel e Maria, mãe de Jesus, estavam grávidas. Como moravam distantes, elas combinaram, que a primeira a ganhar bebê anunciaria a novidade, acendendo uma fogueira em frente à própria casa. Santa Isabel cumpriu a promessa quando do nascimento de seu filho, João batista. Até hoje as fogueiras são acesas na tarde de 24 de junho, acompanhadas de foguetórios, jogos, prendas, e bailes. É a fogueira mais tradicional. Tem a base redonda, como se fosse uma pirâmide.
João era filho de Zacarias e Isabel, e primo de Jesus Cristo. É considerado o último dos profetas, e o primeiro apóstolo. Os evangelhos dizem que, ainda no ventre de sua mãe, João percebe apresença do Messias, “estrecendo de alegria” na presença de Maria, quando esta ia visitar a prima Isabel. O evangelho de São Mateus fala das pregações e dos batismos que realizava às margens do rio Jordão, não distante de Jericó. Foi João Batista quem batizou o próprio Cristo.
Crítico da hipocrisia e da imoralidade, São João Batista foi decapitado por capricho de Salomé, enteada de Herodes. João Batista, juntamente com os profetas Elias e Eliseu, é considerado o protótipo do ideal ascético, e modelo de vida perfeita. (fonte: SGARBOSSA, Mario e GIOVANNI, Luigi – Um Santo para cada dia, São Paulo, 1983, 9a. ed.).
Na tradição peleo-cristã existe um personagem que se relaciona particularmente com o fogo, e com o simbolismo do cordeiro – Ram ou Rama – que é São João Batista. Devemos notar, que é com signo do carneiro, que se dá início ao ano astrológico, justamente no equinócio da primavera, ponto anual no qual o Sol Espiritual “nascido” na noite de 24 de dezembro e está apto, durante seis, a dispensar a sua ação benéfica em termos tangíveis, palpáveis (sementeiras e colheitas, alegria, calor, etc.) sobre os homens e suas obras.
Podemos talvez dizer que é ele mesmo, João Batista – e não Jesus – o próprio Agnus Dei (o Cordeiro de Deus), portador e síntese da tradição judaica mais pura, que ardia entre os Essênios, antes do novo impulso que seria à civilização, pelo Avatara de Jeoshua Bem Pandira, designado o Cristo.
Sacrificado por degolação, o valor simbólico e filosófico de João Batista é muito importante, e ultrapassa completamente o dogma católico: João batizava os seus adeptos com água (ou seja, utilizando um símbolo material), mas afirmava, que o que viria depois dele “batizaria com fogo”, diríamos, envolvendo os discípulos com uma poderosa aura, ou impacto relativo ao Mundo das Causas, o Alaska, etc., etc., ou Espírito Santo.
Na comunidade religiosa da igreja católica os missionários de São João batista, ou seja, seus membros (sacerdotes ou leigos) consagram a sua vida a Cristo, através dos votos de castidade, obidiência, e pobreza. Numa atitude de acolhimento e de disponibilidade como Maria, alicerçados no Cristo da Eucaristia, os missionários de São João Batista devem tornar-se para os homens de hoje, sinais do Reino, e anunciar os caminhos do senhor a exemplo do seu padroeiro.
Deste modo, o simbolismo de “Yohanan” (João em hebarico) ganha, com os séculos, uma poderosa força, que é cultivada por várias correntes gnósticas até chegar à idade média, na qual hospitalários, e templários, desde a sua origem, invocam João Batista para seu patrono. E os mestres construtores da época, igualmente, de modo que ainda hoje os maçons, identificam, as suas lojas como “de São João”.
São João, o fogo e o solstício de verão, no hemisfério norte, estão, então, indissoluvelmente ligados com uma ação, um trabalho essencialmente transformador, no qual o “Fogo Sagrado” agirá, quer como agente hermético-alquímico, quer como condição necessária para o trabalho com os metais – vejam-se os vários mitos maçônicos relativos ao Mestre Hiram,e à construção do Templo de Jerusalém – quer como inteligência criadora, criativa, genial, avessa a qualquer Avatara, porque compartilha desse “mesmo Fogo Divino”, aquele que não reconhece poder na Terra superior a Deus...
João Batista é o ínico santo, além de Virgem Maria, de quem a liturgia celebra o nascimento para o Céu, celebrando o nascimento segundo a carne.
A liurgia festeja no nascimento de São João batista, a “Aurora da Salvação”, o aparecimento neste mundo do Precursor do Messias. O nascimento do Precursor, seis meses antes do nascimento de Jesus, participa da grandeza do mistério da encarnação, que ele anuncia. Isso se deve, certamente, à missão única que, na história da salvação, foi confiada a esse homem, santificado, no seio da sua mãe, pela presença do Salvador, que dirá mais tarde: “Que fostes ver no deserto””... Um profeto? Sim, Eu vos digo, é mais do que um profeta. Esta é aquele de quem foi dito: “Eis que envio a tua frente o meu anjo,m que preparará Teu caminho diante de Ti”, pois “Eu vos digo, que entre os nascidos de mulheres não há ninguém maior do que João”. Mas, o que é menor no Reino de Deus é maior do que ele”. (Lc7, 24 a 28).
Foi, pois, o maior entre os profetas, porque pôde apontar o “Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo” (Jô 1, 29-36). Sua vocação profética desde o ventre materno, reveste-se de acontecimentos extraordinários, repleto s de júbilo messiânico, que preparam o nascimento de Jesus. (cf Lc 1, 14-58).
Profeta do Altíssimo, João Batista é prefigurado por Jeremias: - “antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei, e te constituí profeta entre a s nações” (Jer 1, 4 – 10).
São João Batista foi consagrado desde o seio materno, para anunciar o Salvador, e preparar as almas para a sua vida.
Anel de ligação entre a antiga e nova aliança, João foi acima de tudo o enviado de Deus, uma testemunha fiel da luz, aquele que anunciou Cristo, e O apresentou ao mundo. O Batismo de penitência, que acompanha o anúncio dos últimos tempos, é figura do batismo, segundo o Espírito (Mt 3, 11). Profeta por excelência, a ponto de não ser uma senão uma “voz” de Deus que clama, ele é o precursor imediato de Cristo: “vai à Sua frente, apontando, com sua palavra e com o bom exemplo de sua vida, as condições necessárias para receber a salvação”.
A solenidade do Precursor é um convite para que reconheçamos a Cristo, Sol que nos vem visitar na Eucaristia.
Filho dos personagens bíblicos Isabel e Zacarias, João Batista foi quem batizou Jesus Cristo com a s águas do rio Jordão, rio que hoje é a fronteira natural entre Israel e Jordânia, e entre este País e a Cisjordânia.
Diz o capítulo 1 do Evangelho de São Lucas, que a Mãe de João Batista era Prima da Mãe de Jesus, Maria, o que tornava João, primo em segundo grau de Cristo.
João Batista é descrito na Bíblia como pessoa solitária, que vivia no deserto, e comia gafanhotos e mel. O caminho desse homem estranho, e recluso, mas profeta de grande popularidade, cruzou com a da família real na época, a do rei Herodes Antipas, da Galiléia.
João condenou publicamente o fato do rei ser amante da própria cunhada, Herodíades. Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes, que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista sobre uma badeja.
A imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneirinho no colo. É que foi ele, segundo a Bíblia, que anunciou a chegada do cordeiro de Deus. Apesar de descrito como um homem solidário, o povo se encarregou de criar o mito de que São João Batista adora uma festa barulhenta. No entanto, ele costumava dormir, justo na noite de sua festa, 24 de junho.
Se o estrondo dos fogos de artifício for alto, e for forte o clarão das fogueiras, o Santo acorda, e festeiro que é, desce à Terra para comemorar. Mas nesse caso, diz a tradição, existe o sério risco do mundo acabar pelo fogo.
Que fim levou a fogueira?
Foi engolida pelo progresso. Com o crescimento das cidades, as comemorações de São João migraram para as escolas, ou parques públicos. No interior, as festas de rua continuam mobilizando as comunidades, que preservam danças, costumes, e comidas milenares da tradição cristã.
Uma tradição que nasceu antes de Cristo. Queimar fogueiras, naquela época, significava, saudar a chegada do verão, e apenas no século VI, o catolicismo associou as comemorações pagãs ao aniversário de São João Batista.
Os portugueses no século XIII incluíram São Pedro, e Santo Antônio, e no Brasil, a data é celebrada desde 1583. De lá para cá, porém, as fogueiras juninas rarearam tanto, que é preciso descobrir onde elas vão queimar nas noites de 24 de junho.
Cada estado brasileiro brinda o nascimento do Santo católico a seu modo. Existe uma grande confusão com o culto ao caipira. No Rio Grande do Sul as festas geralmente preservam os trajes típicos do estado, em oposição ao tradicional chapéu de palha, e roupa emendada do folclore paulista. No nordeste, a música é o forró.
As grandes cidades acabaram engolindo os festejos de São João, que cada vez mais ocorrem em recintos fechados, pois não é seguro se fazer festa na rua, por falta de segurança, e problemas de transito.
A cidade grande retira um pouco da referência de comunidade. Isto vale para qualquer festa popular aberta. A realidade no interior, porém é outra, onde a receptividade é mais forte e mantém viva, esta tradição.